domingo, 8 de novembro de 2015

Osteossarcoma

O osteossarcoma é uma lesão maligna de células mesenquimais.

Ou seja, essas células mesenquimais imaturas se multiplicam e destroem o osso, substituindo tecido ósseo maduro por tecido osteóide imaturo.
Os sintomas mais comuns são aumento de volume e principalmente dor. Também pode ser notada perda dos dentes, parestesia e obstrução nasal (no caso de tumores maxilares) pelo crescimento do tumor.
Os achados radiográficos variam de esclerose densa a um misto de lesões radiolúcidas e escleróticas (como na seta) até um processo inteiramente radiolúcido. Os limites periféricos da lesão são geralmente indistintos e mal definidos, tornando difícil determinar radiograficamente a extensão do tumor. Ocasionalmente, há reabsorção das raízes dos dentes envolvidos pelo tumor em forma de ponta de agulha. A área óssea da radiografia se torna difusa com aparência clássica de raios de sol.

Observe o padrão em raios de sol mandíbula do lado direito


O tratamento inclui cirurgia radical, radioterapia e quimioterapia

SARCOMAS: RABDOMIOSSARCOMA

O rabdomiossarcoma é uma neoplasia maligna caracterizada pela diferenciação em músculo esquelético. Ou seja, é uma lesão de origem mesenquimal (um sarcoma).


Embrionários são mais comuns nos 10 primeiros anos de vida, e representam cerca de 60% dos casos.
Os rabdomiossarcomas alveolares ocorrem mais frequentemente em indivíduos entre os 10 e os 25 anos de idade, representando 20% a 30% dos tumores.

Os rabdomiossarcomas pleomórficos representam menos de 5% dos casos e mostram um pico de prevalência em pacientes com idade superior aos 40 aos de idade. 

O palato é a localização intraoral mais comum, e existem casos onde as lesões parecem surgir no seio maxilar e invadir a cavidade oral.

O tratamento inclui cirurgia radical, quimioterapia e radioterapia.


sexta-feira, 6 de novembro de 2015

DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DE LESÕES RADIOLÚCIDAS

Na região gnática as lesões mais comuns são as odontogênicas, divididos em 2 diferentes grupos: 
Inflamatórios e de Desenvolvimento.

Cistos de origem inflamatória   geralmente estão associados a um dente que apresenta grandes restaurações e destruição dentária. O diagnóstico diferencial para este grupo de lesões esta ligado principalmente ao teste de vitalidade nos dentes da região.  O teste deve ser negativo, o dente não apresentará dor ou qualquer reação a mudança de temperatura ou seja estará DESVITALIZADO. 
As principais lesões incluidas aqui são 
Cisto Periapical, Cisto Radicular Lateral, Cisto Residual. Incluimos tambem no diagnóstico diferencial o granuloma.


Nos Cistos e tumores de origem  NÃO inflamatória   se houver dente associado este geralmente estão  VITALIZADOS,  com a poupa intacta,  e no geral não apresentam grandes restaurações e destruição dentária.

Algumas  lesões incluidas aqui são:
-Cisto Dentígero 
-Tumor Odontogenico Queratocístico 
- Ameloblastoma


teste de vitalidade com gelo





O Diagnóstico diferencial

   Diagnóstico diferencial é um método sistemático usado para identificar doenças que faz parte da semiologia, sendo realizado por um processo de eliminação. Sendo assim, nem todo diagnóstico é diferencial, somente aqueles em que se exclui possibilidades.
Ele pode ser definido como uma hipótese formulada pelo profissional - tendo como base a sintomatologia (sinais e sintomas) apresentada pelo paciente durante o exame clínico
O profissional deve restringir o diagnóstico a um grupo de possibilidades que, dadas as suas semelhanças com o quadro clínico em questão, não podem deixar de ser elencadas como provável. 
A partir do diagnóstico diferencial, deve se selecionar testes terapêuticos, ou ainda, exames complementares específicos a fim de se obter um diagnóstico final ou de certeza. 


Doença de Crohn

A Doença de Crohn é uma doença inflamatória séria do trato gastrointestinal. Ela afeta predominantemente a parte inferior do intestino delgado (íleo) e intestino grosso (cólon), mas pode afetar qualquer parte do trato gastrointestinal. A doença de Crohn habitualmente causa diarréia, cólica abdominal, frequentemente febre e, às vezes, sangramento retal. Também podem ocorrer perda de apetite e perda de peso subsequente. Os sintomas podem variar de leve a grave,mas em geral, as pessoas com doença de Crohn podem ter vidas ativas e produtivas. Geralmente acomete pacientes na adolescencia mas existe um segundo momento de atividade da doença em pacientes acima de 60 anos.
A doença de Crohn é crônica. Não sabemos qual é a sua causa. Os medicamentos disponíveis atualmente reduzem a inflamação e habitualmente controlam os sintomas, mas não curam a doença.
Lesões orais podem aparecer antes das lesões gastrointestinais, levando ao diagnóstico precoce da doença.
As principais características das lesões intra-orais são
Edema difuso e nodular dos tecidos orais e periorais (semelhante a pedras arredondadas usadas para pavimentação).
Úlceras profundas de aspecto granulomatoso. As ulceras são, com frequencia, lineares e se desenvolvem no vestibulo bucal.
Maculas e placas eritematosas difusas envolvendo a gengiva inserida e a mucosa alveolar foram denominadas mucogengivite e podem representar uma das lesoes mais comuns relacionadas a doenca de Crohn.
É comum a presença de pregas hiperplásicas semelhantes a hiperplasia fibrosa relacionada ao uso de próteses.

Lesão semelhante a Hiperplasia relacionada ao uso prótese
PIOESTOMATITE VEGETANTE

É uma patologia que não tem suas causas bem esclarecidas, estando relacionada a Doença de Crohn e talvez ao penfigo vulgar.
As características clínicas mais comuns são:
Relatos de diarréia cronica 
As lesões em mucosa bucal exibem pustulas amareladas, pouco elevadas, lineares ou tortuosas, arranjadas sobre uma mucosa oral eritematosa. É o que chamamos de padrão pegada de caracol. As lesões afetam principalmente a mucosa jugal ou labial, o palato mole e o ventre da língua.

Lesões purulentas em pegada de Caracol

Com relação ao tratamento, as lesões orais desaparecem em poucos dias apos o inicio da terapia com corticosteroides sistêmicos, contudo, as lesões podem recorrer se a medicação for suspensa.

terça-feira, 29 de setembro de 2015

Lesões Fungicas Profundas

HISTOPLASMOSE

Lesão fungica sistêmica, que acomete principalmente os pulmões e pode causar lesões em mucosa oral.

Agente etiológico: Fungo Histoplasma Capsulatum

ANIMAIS QUE PODEM ENCUBAR O FUNGO:

morcegos,galinhas (e outras aves), ratos, gatos e cães.

A maneira mais comum de se adquirir a doença é pela inalação do fungo nas fezes secas destes animais. 

Em pacientes imunocompetentes a doença geralmente acontece de forma branda, semelhante a uma gripe.

A forma mais grave da doença geralmente acontece em pacientes imunocomprometidos
A histoplasmose cronica Clinicamente, apresenta-se semelhante à tuberculose com  Tosse, perda de peso, febre, dispneia, dor toráxica, fraqueza e prostração. A lesão pulmonar geralmente acontece na parte superior do pulmão.

As lesões orais são muito semelhantes ao carcinoma epidermoide, por isso a biopsia é fundamental.



PARACOCCIDIOIDOMICOSE

É uma patologia fungica sistemica brasileira
Agente Etiológico: Paracoccidioides brasiliensis
A doença é adquirida pela inalação dos micelios do fungo no solo (zona rural)

Assism como na histoplasmose, a gravidade da doença depende da imunidade do hospedeiro, estando associada a doenças como a AIDS

As lesões em pulmões geralmente acometem o lobo médio e inferior. 
Assim como a histoplamose as lesões orais são muito semelhantes ao carcinoma epidermoide, sendo a biopsia fundamental.

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O fungo da paracoccidioidomicose apresenta brotamentos, se tornando semelhante a "roda de carroça" ou "mickey"




 

terça-feira, 22 de setembro de 2015

Tuberculose 2



Este é um vídeo muito bacana sobre tuberculose. Assistam!!

Tuberculose

 Agente etiológico da tuberculose é o 

 Mycobacterium tuberculosis


Esta é uma doença antiga, que acomete as vias aéreas 

(pulmões)


 1/3 da população mundial está infectada pelo bacilo da 

tuberculose mas apenas 5%  desta população apresenta a 

doença ativa. Isso se deve aos fatores imunológicos 

envolvidos


É uma doença associada ao fator social, acometendo 

populações desfavorecidas e que vivem em condições de 

ma higiene e grandes aglomerados humanos


A transmissão acontece por via aérea atraves da aspiração 

dos bacilos quando em contato com tosse de paciente infec

tado.







A história clinica da tb primaria envolve contato com 

portador da doença, tosse com secreção ha 4 semanas

febre a tarde e sudorese noturna.


A tuberculose extrapulmonar é comum em  pacientes com AIDS, (mais de 50% apresentarão lesões extrapulmonares.)

Qualquer sistema orgânico pode ser afetado, incluindo o sistema linfático, pele, sistema esquelético, sistema nervoso central, rins e o trato gastrointestinal.

As lesões orais da tuberculose são raras, com a maioria dos
casos apresentando-se como uma ulcera crônica e indolor.
A maior parte das lesões representa infecção secundária
do foco pulmonar inicial, ocorrendo preferencialmente em
adultos de meia-idade

O M. tuberculosis pode sofrer mutações e tornar-se resistente quando tratados com um unico medicamento.

Utiliza-se protocolo com tratamento com varios antibióticos.

ESQUEMAS PARA TRATAMENTO DA TUBERCULOSE:

 ESQUEMA BÁSICO PARA ADULTOS E ADOLESCENTES (2RHZE/4RH) R (Rifampicina) – H (Isoniazida) – Z (Pirazinamida) – E (Etambutol)



segunda-feira, 7 de setembro de 2015

Atividade: Caso Paciente Síndrome de Down

Ola turma.
Analisem o caso clínico de um menino de 12 anos com Sindrome de Down.
Este paciente apresentava atraso na erupção dentária.
A atividade é a seguinte:
Nos comentarios coloquem o passo-a-passo do planejamento do atendimento deste paciente.
Destaquem as técnicas que podem ser utilizadas e as dificuldades que podem ser encontradas.
Caso Publicado pelo Prof .Rafael Celestino Colombo de Souza


sábado, 29 de agosto de 2015

PACIENTES ESPECIAIS


PACIENTES ESPECIAIS


QUEM SÃO? 


Faz parte do grupo de pacientes com necessidades especiais na odontologia aquelas pessoas que tem alguma doença ou situação clínica que necessitem um atendimento odontológico diferenciado. 
 De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), 10% da população mundial é portadora de algum tipo de deficiência, sendo que a maioria desses indivíduos está em países subdesenvolvidos ou em desenvolvimento, e apenas 2% dessas pessoas recebem atendimento adequado voltado para as suas necessidades.
No Brasil, cerca de 15% da população exibe alguma necessidade especial.



CLASSIFICAÇÃO PACIENTES COM NECESSIDADES ESPECIAIS 

Deficiência mental
Deficiência físicaAnomalias congênitas (deformações, síndromes)
Distúrbios comportamentais (autismo)
Transtornos psiquiátricos
Distúrbios sensoriais e de comunicação
Doenças sistêmicas crônicas (diabetes, cardiopatias, doenças hematológicas, insuficiência renal crônica, doenças auto imunes, doenças vesículo bolhosas, etc)
Doenças infectocontagiosas (hepatites, HIV, tuberculose)
Condições sistêmicas (irradiados, transplantados , oncológicos, gestantes, imunocomprometidos)

No que devemos ter atenção??

Estes pacientes podem ser considerado de alto risco para o desenvolvimento de doenças  bucais de acordo com o tipo de patogenia sistêmica, alteração salivar, dieta cariogênica, alteração muscular e  higiene deficiente.

O atendimento ambulatorial deve ser sempre realizado em conjunto com a família e por profissional capacitado. O apoio da família é muito importante na conscientização da importância da boa saúde bucal para esses pacientes.

Estas pessoas têm uma necessidade aumentada para o cuidado preventivo odontológico; para prevenção de cárie e doenças periodontais. A maioria destes pacientes não apresenta plena capacidade de realizar seus cuidados bucais necessitando da ajuda de demais pessoas. A participação de familiares ou responsáveis nestes cuidados é fundamental para o sucesso do tratamento odontológico e para promoção da saúde bucal do paciente. 

Como abordar este paciente?

 A primeira abordagem odontológica deve incluir a aproximação com o paciente e familiares assim como o conhecimento das condições médicas preexistentes. Salienta-se que muitos destes pacientes apresentam complicações sistemicas.

O melhor atendimento exige uma integração das áreas odontológica, médica, psicológica, social, etc. 

O dentista especialista avalia a qualidade da saúde do paciente, analisa exames pré-existentes referentes a saúde geral, realiza o exame bucal, avalia o comportamento do paciente, dos familiares, e o relacionamento entre ambos, conversa com o cuidador, se esse existir. 

Para pessoas com deficiência mental ou comportamental , da mesma forma que para crianças normais, faz-se o condicionamento lúdico psicológico do paciente especial, para que se obtenha sua cooperação, antes de quaisquer outros recursos. 

A contenção física ( que pode ser chamado de estabilizador) ou química ( com uso de fármacos) somente é utilizada diante da ineficiência dos métodos psicológicos e deve sempre ser consentida por escrito pela família.


Segundo Gargione, (1998), o atendimento odontológico em pacientes especiais, atualmente, pode ser feito em três modalidades: 

normal, que é o atendimento em que existe a cooperação por parte do paciente, alternando-se somente o tipo de ambiente, instrumental e material odontológico a ser empregado; 

o condicionado, que utiliza técnicas de demonstração com todo o aparato odontológico, para que o paciente saiba, antes de ser atendido, o que será utilizado em sua boca, incluindo as de vibrações e ruídos que farão parte do atendimento proposto; 

contenção (mecânica, química, hipnose). Os pacientes que apresentem problemas graves no que se refere à cooperação e ao manejo devem ser considerados dentro do grupo com indicação para a contenção química e anestesia geral.


Os locais para o atendimento da população de pacientes especiais devem, preferencialmente, estar junto às instituições que oferecem tratamentos globais para as deficiências abordadas. Nelas, o CD integra uma equipe de trabalho multi e interdisciplinar. 

Hoje muitos profissionais especialistas em pacientes especiais trabalham em hospitais, fazem atendimentos domiciliares, atendimentos em clínicas, etc.

Estes pacientes constituem um grupo que pode ser considerado de alto risco para o desenvolvimento de doenças  bucais de acordo com o tipo de patogenia sistêmica, alteração salivar, dieta cariogênica, alteração muscular e ineficácia da higienização.

ESTOMATOLOGIA II



Ola Turma!!!!

Bem vindos a Estomatologia II !

Neste semestre vamos nos concentrar na semiologia e na forma de conduzir  o paciente diante de alguma patologia, desde  diagnóstico até o tratamento.

Revisar as patologias estudadas no semestre passado é importante. Estou a disposição para esclarecer qualquer dúvida que tenha ficado... Espero receber as duvidas de voces!

Neste semestre, vou postar algumas atividades aqui no blog e a participação de todos sera avaliada e receberá nota!

Então vamos lá turma!!!!



quinta-feira, 18 de junho de 2015

Prova multidisciplinar

Ola turma! Atendendo a pedidos... sobre a prova multidisciplinar:
Fiquem atentos as características clinicas e radiograficas das lesões, a prova terá aquele estilo de casos clínicos.

Bjos  e BOA PROVA A TODOS!




terça-feira, 9 de junho de 2015

Sífilis

A Sífilis é uma doença sexualmente transmissível, causada por Infecção bacteriana pelo Treponema Pallidum (espiroqueta anaeróbio). Esta doença tem apresentado um significativo aumento na prevalência nos últimos anos devido ao descuido da população com a proteção durante a relação sexual. Por ser sexualmente transmissível, deve-se sempre pesquisar o HIV em pacientes com diagnóstico de sífilis e pesquisar a sífilis em pacientes com diagnóstico de HIV.

O curso da doença ocorre da seguinte maneira:
Depois de um período de 1 a 3 semanas após o contato com secreção infectada, o paciente apresentará uma lesão em cancro (nódulo ulcerado e endurecido) no local no contágio, geralmente mucosa genital. Essa lesão desaparece em 7 a 10 dias. Esse é o etágio de sífilis primária.

O estágio de sífilis secundária aparece se o paciente não for tratado no primeiro estágio. Nesse estágio lesões em boca são muito comuns, caracterizadas por placas e pápulas leucoplásicas e eritroplásicas e Lesões ulceronodulares, podendo apresentar necrose. Geralmente as lesões em boca são acompanhadas por lesões em outros locais como a mão.

Se não houver tratamento a doença evolui para sífilis terciária. Nesse estágio apresenta Goma sifilítica, com lesões extensas e necrosadas em várias partes do corpo (perfuração do palato duro quando em mucosa oral). O paciente pode ainda apresentar leucoplasia sifilítica e neurosífilis.

Se o contágio acontece durante a gravidez, a bactéria pode atravessar a barreira placentáriae afetar o bebe, o que chamamos de sífilis congênita.
As alterações mais comuns  na sífilis congênitas são surdez, queratite corneana, que leva a perda de visão e alterações orofaciais como os dentes de Hutchinson, com os incisivos exibindo coroas sofrendo estreitamento em direção à margem incisal.

O tratamento para sífilis é relativamente acessível, e consiste na aplicação de 4 doses de Penicilina G benzatina 2.400.000, uma por semana.