sábado, 20 de agosto de 2016

HIV E AIDS

HIV é a sigla em inglês do vírus da imunodeficiência humana. Causador da aids, ataca o sistema imunológico, responsável por defender o organismo de doenças. As células mais atingidas são os linfócitos T CD4+. E é alterando o DNA dessa célula que o HIV faz cópias de si mesmo. Depois de se multiplicar, rompe os linfócitos em busca de outros para continuar a infecção. Isso causa uma imunossupressão intensa associada com infecções oportunistas, neoplasias secundárias e manifestações neurológicas. Ter o HIV não é a mesma coisa que ter a aids. Há muitos soropositivos que vivem anos sem apresentar sintomas e sem desenvolver a doença. Mas, podem transmitir o vírus a outros pelas relações sexuais desprotegidas, pelo compartilhamento seringas contaminadas ou de mãe para filho durante a gravidez e a amamentação. Após contrair o virus do HIV a AIDS progride em 7 a 10 anos para AIDS. A condição do paciente vai evoluir da seguinte forma
- fase aguda inicial: alto grau de produção do vírus, com sintomas clínicos inespecíficos; Esta é a fase onde o retrovirus se reproduz, hospedado nos linfócitos
-fase média crônica: relativa contenção do vírus com latência clínica, mas linfadenopatia generalizada persistente; Essa fase ocorre quando temos um grande numero de linfócitos já infectados
-fase final ou de crise: aumenta a replicação viral, queda de células T CD4+ (menos de 200/ml) doença clínica com infecções oportunistas, neoplasias secundárias e doença neurológica; Nessa fase temos a morte dos linfócitos infectados.

AIDS E ODONTOLOGIA.
O primeiro ponto importante é a presença de candidiase severa em paciente com AIDS. A complicação médica mais importante na cavidade oral de um paciente HIV-positivo é representada pela candidíase oral.

Apesar de ser possível comprovar lesões provocadas pela infecçãopor Candida na cavidade oral de até 75% dos pacientes aidéticos, somente a candidíase esofágica pertence ao grupo das infeções oportunistas que são consideradas pelo CDC como altamente sugestivas de AIDS.

Candida albicans representa, no paciente imunodeprimido, uma grave ameaça de seu estado geral; a extensão da candidíase oral para regiões mais profundas do trato gastrintestinal pode ter conseqüências desastrosas.

Neste fato fundamenta-se a urgência de seu tratamento, mesmo que ela permaneça restrita à cavidade oral.




Outra associação comum é o sarcoma de kaposi. O sarcoma de Kaposi é um câncer que surge dos tecidos dos vasos sanguíneos e linfáticos. As células cancerígenas do sarcoma de Kaposi formam tumores que normalmente se apresentam como nódulos arroxeados na mucosa ou na pele. Passou a ser visto na prática médica com alguma frequência após o surgimento da pandemia da AIDS (SIDA) e do aumento da incidência de  tratamentos que envolvem drogas imunossupressoras, como é o caso dos transplantes de órgãos. 

Síndrome de Sjögren

 Síndrome de Sjögren

É uma doença auto-imune de causa desconhecida que afeta as glândulas lacrimais e salivares, causando olho e boca seca. Os sintomas de olho seco podem apresentar-se como sensação de areia nos olhos ou de corpo estranho, dificuldade para abril os olhos pela manhã, vermelhidão. A boca seca leva a  dificuldade de comer alimentos secos sem ingerir líquido, língua grudada no céu na boca pela manhã, feridas pequenas nos cantos da boca, cáries freqüentes e quebra fácil dos dentes.   Existem dois tipos de S. de Sjögren: a primária, quando o paciente só tem essa doença e a secundária quando ela é associada com outra doença reumatológica como a Artrite Reumatóide.   A causa é ainda indefinida, entretanto, causas ambientais e genéticas estão relacionadas com o aparecimento da doença.   

Como se faz o diagnóstico da S. de Sjögren?

A queixa do paciente de olho e boca seca ajudam muito no diagnóstico.  A cintilografia das glândulas salivares revelar a dificuldade de salivação Algumas vezes é necessário uma biópsia da glândula salivar.




Tratamento
Deve ser feito para todos os pacientes: usar colírios constantemente para lubrificar os olhos e evitar lesões como úlcera de córnea, usar saliva artificial, ingerir muito líquido, higiene oral,  corticoesteróide e outros imunossupressores.  O tratamento odontológico é fundamental para o controle da cárie. 



Lesões ósseas

LESÃO CENTRAL DE CÉLULAS GIGANTES.

A lesão central de células gigantes (LCCG) é um processo patológico incomum, correspondendo a menos de 7% das lesões benignas que acometem o complexo maxilomandibular.  Alguns autores a consideram um processo reparativo, resultante de fatores traumáticos, contudo a sua verdadeira natureza permanece ainda desconhecida. A LCCG é comumente assintomática e acomete principalmente crianças e adultos jovens com menos de 30 anos de idade. Com relação ao sexo, observa-se que há predisposição maior para as mulheres, com uma proporção mulher/homem de 2:1. A mandíbula é mais afetada que a maxila. Em virtude das características anatômicas da mandíbula, com uma cortical mais espessa e menos tecido ósseo esponjoso, as LCCGs localizadas nesse sítio tendem a expandir menos que as situadas na maxila.
Como existe uma variação no comportamento biológico de algumas LCCGs, têm sido descritos dois grupos de lesões: as agressivas, caracterizadas por dor, crescimento rápido, reabsorção radicular e elevado índice de recidiva, e as não agressivas, que são comumente assintomáticas, evoluem lentamente, não produzem reabsorção radicular e exibem uma baixa taxa de recorrência. O aspecto radiográfico da LCCG apresenta áreas radiolúcidas uni ou multiloculares, com bordas irregulares ou relativamente regulares.

O tratamento cirúrgico com curetagem profunda é o método tradicionalmente usado para LCCG. Citam-se ainda injeções intralesionais de corticosteroides   como Calcitonina.

É importante realizar a Checagem de níveis de Paratormonio, dosagem sérica de cácio e fosfatase alcalina, para afastar a hipótese de Tumor Marrom do Hiperparatireodismo

TUMOR MARROM DO HIPERPATIREODISMO


tumor marrom do hiperparatireoidismo trata-se de uma desordem óssea metabólica, que pode acometer todo o esqueleto, inclusive maxila e mandíbula.
Esta desordem recebe esse nome devido ao aspecto macroscópico que as lesões intra-ósseas apresentam, de coloração vermelho-escuras a amarronzadas, em decorrência da intensa hemorragia que ocorre nessas lesões e do depósito de hemossiderina.
Comumente, este transtorno é resultante de um quadro de hiperparatireoidismo primário e, raramente, secundário e terciário.
O tumor marrom surge somente em casos crônicos de hiperparatireoidismo não tratados. As lesões são causadas pelo aumento da produção e liberação do paratormônio (PTH), levando ao aumento da reabsorção de cálcio dos ossos. Com o constante sequestro de cálcio, vai ocorrendo a formação de um tecido de reparação, que aumenta de tamanho gradativamente.
(Calcio diminui nos ossos e aumenta no sangue).

Este tipo de desordem costuma surgir em indivíduos que se encontram na terceira, quarta e sexta décadas de vida, especialmente no sexo feminino. O local mais acometido na região da cabeça e pescoço é a mandíbula. Além disso, outros ossos frequentemente afetados são: clavícula, costelas e pelve.
As manifestações clínicas variam de acordo com a localização e extensão do tumor. No maxilar, pode haver dor e tumefação de consistência dura. Quando extenso, pode levar à deformação da região, bem como prejudicar a função do osso em questão. Além disso, sintomas do hiperparatireoidismo são observados, incluindo: fadiga, fraqueza, náusea, anorexia, sede excessiva, poliúria, constipação e depressão.
O diagnóstico é alcançado por meio de exames radiológicos, que revelam uma lesão radiotransparente bem demarcada, juntamente com exame histopatológico do tumor, que aponta a presença de tecido conjuntivo denso altamente vascularizado, células fusiformes em quantidades variáveis, células gigantes multinucleares distribuídas difusamente, áreas de hemorragia e de hemossiderina. Além disso, podem ser observadas trabéculas ósseas neoformadas com osteoblastos tumefeitos em sua periferia. Exames de sangue que apontam o aumento dos níveis de cálcio e fosfatase alcalina, bem como a redução do nível de fósforo são úteis para o fechamento do diagnóstico.
Primeiro, o tratamento deve visar resolver o hiperparatireoidismo. No caso do hiperparatireoidismo primário, o tratamento cirúrgico deve ser o de escolha. Quando a lesão é removida da paratireoide, o tumor marrom começa a regredir. No caso do hiperparatireoidismo secundário, deve-se realizar o tratamento da desordem de base, que está afetando o funcionamento normal das glândulas paratireoides e suplementação com vitamina D, com provável chance de recuperação da massa óssea no local afetado.
Fonte:
http://www.unifesp.br/dorto-onco/livro/tumo10p8.htm




 LESÕES FIBRO-ÓSSEAS

Representam um grupo de patologias caracterizados por substituição do osso normal por tecido fibroso contendo material mineralizado. Displasia Fibrosa Condição do desenvolvimento caracterizada por substituição de osso normal por tecido fibroso celular entremeado com trabéculas ósseas irregulares. 
Displasia monostótica dos maxilares: acomete apenas um osso com tumefação indolor da área afetada, crescimento lento envolvendo mais frequentemente a maxila. 
Radiograficamente a lesão aparece como opacificação fina e mal delimitada, denominada de “vidro despolido”. 

Displasia poliostótica: ocorre o envolvimento de dois ou mais ossos. 
 
Síndrome de McCune-Albright: displasia fibrosa poliostótica, manchas café-com-leite e múltiplas endocrinopatias (desenvolvimento da puberdade antecipado). 
O tratamento cirúrgico é indicado nos casos de deformidade facial ou prejuízo da função. A radioterapia é contra-indicada devido ao riso de desenvolvimento de sarcoma pós-radiação. 






QUERUBISMO

querubismo consiste em uma lesão fibro-óssea hereditária não neoplásica, que acomete exclusivamente a mandíbula e maxila de crianças, habitualmente de ambos os lados, conferindo uma aparência querubínica. Trata-se de uma patologia rara, com herança autossômica dominante. 
O aumento de volume presente no querubismo resulta de uma perda de massa óssea na mandíbula e maxila, que é, por conseguinte, substituída por grandes quantidades de tecido fibroso. Na maioria das vezes, some quando a criança cresce, porém, em casos mais raros, a condição persiste.
Clinicamente, observa-se uma expansão da mandíbula e maxila tipicamente bilateral, não dolorosa, ocasionando um aumento da face e retração palpebral, o que confere o aspecto de olhos virados para cima. Quando palpadas, estas lesões apresentam-se firmes e rígidas e podem surgir em associação com linfadenopatia cervical.
De acordo com o grau da lesão, pode haver comprometimento bucal e sistêmico do indivíduo, queda prematura dos dentes decíduos, erupção anormal dos dentes permanentes, distúrbios oculares, obstrução respiratória e problemas de audição.  Além desses problemas, também pode haver deformações no palato, impacção dental que resulta em má-oclusão, reabsorção radicular em decíduos e permanentes.
O diagnóstico do querubismo é alcançado por meio da evolução clínica da doença, histórico familiar, achados radiológicos e confirmação através de uma avaliação histopatológica.
O tratamento é feito com base no curso natural da patologia e no comportamento clínico individual. Nos casos mais graves pode ser necessária a realização de cirurgia para eliminar o tecido fibroso presentes no local. Em alguns pacientes também existe a opção de se fazer enxertos ósseos nos locais acometidos. Normalmente também deve ser realizado um tratamento ortodôntico para evitar problemas dentários permanentes, bem como um tratamento oftálmico em casos de acometimento da órbita ocular, deslocamento do globo e/ou perda visual.




Lesões ósseas




Novo Semestre!







Ola queridos da 5ª turma!!!! Mais um novo semestre, uma nova oportunidade!!! Assuma o compromisso de atingir seus objetivos!!!