sábado, 29 de agosto de 2015

PACIENTES ESPECIAIS


PACIENTES ESPECIAIS


QUEM SÃO? 


Faz parte do grupo de pacientes com necessidades especiais na odontologia aquelas pessoas que tem alguma doença ou situação clínica que necessitem um atendimento odontológico diferenciado. 
 De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), 10% da população mundial é portadora de algum tipo de deficiência, sendo que a maioria desses indivíduos está em países subdesenvolvidos ou em desenvolvimento, e apenas 2% dessas pessoas recebem atendimento adequado voltado para as suas necessidades.
No Brasil, cerca de 15% da população exibe alguma necessidade especial.



CLASSIFICAÇÃO PACIENTES COM NECESSIDADES ESPECIAIS 

Deficiência mental
Deficiência físicaAnomalias congênitas (deformações, síndromes)
Distúrbios comportamentais (autismo)
Transtornos psiquiátricos
Distúrbios sensoriais e de comunicação
Doenças sistêmicas crônicas (diabetes, cardiopatias, doenças hematológicas, insuficiência renal crônica, doenças auto imunes, doenças vesículo bolhosas, etc)
Doenças infectocontagiosas (hepatites, HIV, tuberculose)
Condições sistêmicas (irradiados, transplantados , oncológicos, gestantes, imunocomprometidos)

No que devemos ter atenção??

Estes pacientes podem ser considerado de alto risco para o desenvolvimento de doenças  bucais de acordo com o tipo de patogenia sistêmica, alteração salivar, dieta cariogênica, alteração muscular e  higiene deficiente.

O atendimento ambulatorial deve ser sempre realizado em conjunto com a família e por profissional capacitado. O apoio da família é muito importante na conscientização da importância da boa saúde bucal para esses pacientes.

Estas pessoas têm uma necessidade aumentada para o cuidado preventivo odontológico; para prevenção de cárie e doenças periodontais. A maioria destes pacientes não apresenta plena capacidade de realizar seus cuidados bucais necessitando da ajuda de demais pessoas. A participação de familiares ou responsáveis nestes cuidados é fundamental para o sucesso do tratamento odontológico e para promoção da saúde bucal do paciente. 

Como abordar este paciente?

 A primeira abordagem odontológica deve incluir a aproximação com o paciente e familiares assim como o conhecimento das condições médicas preexistentes. Salienta-se que muitos destes pacientes apresentam complicações sistemicas.

O melhor atendimento exige uma integração das áreas odontológica, médica, psicológica, social, etc. 

O dentista especialista avalia a qualidade da saúde do paciente, analisa exames pré-existentes referentes a saúde geral, realiza o exame bucal, avalia o comportamento do paciente, dos familiares, e o relacionamento entre ambos, conversa com o cuidador, se esse existir. 

Para pessoas com deficiência mental ou comportamental , da mesma forma que para crianças normais, faz-se o condicionamento lúdico psicológico do paciente especial, para que se obtenha sua cooperação, antes de quaisquer outros recursos. 

A contenção física ( que pode ser chamado de estabilizador) ou química ( com uso de fármacos) somente é utilizada diante da ineficiência dos métodos psicológicos e deve sempre ser consentida por escrito pela família.


Segundo Gargione, (1998), o atendimento odontológico em pacientes especiais, atualmente, pode ser feito em três modalidades: 

normal, que é o atendimento em que existe a cooperação por parte do paciente, alternando-se somente o tipo de ambiente, instrumental e material odontológico a ser empregado; 

o condicionado, que utiliza técnicas de demonstração com todo o aparato odontológico, para que o paciente saiba, antes de ser atendido, o que será utilizado em sua boca, incluindo as de vibrações e ruídos que farão parte do atendimento proposto; 

contenção (mecânica, química, hipnose). Os pacientes que apresentem problemas graves no que se refere à cooperação e ao manejo devem ser considerados dentro do grupo com indicação para a contenção química e anestesia geral.


Os locais para o atendimento da população de pacientes especiais devem, preferencialmente, estar junto às instituições que oferecem tratamentos globais para as deficiências abordadas. Nelas, o CD integra uma equipe de trabalho multi e interdisciplinar. 

Hoje muitos profissionais especialistas em pacientes especiais trabalham em hospitais, fazem atendimentos domiciliares, atendimentos em clínicas, etc.

4 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Caroline Domingos Oliveira e Silva 6 período B:

    Muito boa essa postagem, Renata!
    Infelizmente não temos muitos profissionais capacitados para lidar com esse tipo de paciente, uma pena.
    Muitos profissionais discriminam esse tipo de paciente ou até mesmo os pais não entendem o quão importante é o tratamento odontológico para estes.
    Acho que seria interessante mais campanhas mostrando a importância do tratamento para esses pacientes. o que você acha?

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  3. Cerca de 10% da população mundial é constituída por pacientes especiais, sendo 50% de deficiência mental, 20% de deficiência física, 15% de deficiência auditiva, 5% de deficiência visual e apenas 10% com alterações múltiplas. Em relação às alterações bucais, um alto índice de cárie, gengivite e periodontopatia são observados em Pacientes Especiais Portadores de Distúrbios Neuropsicomotores, isso se dá devido à falta de higienização e conscientização dos responsáveis no que diz respeito ao auxilio e orientação bucal frente a estes pacientes.

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  4. A odontologia para pacientes com necessidades especiais se faz extremamente necessária Porem ainda a uma falta de profissional habilitado para tratar esses pacientes . A importância dos cuidados na Odontologia para com os pacientes vem sendo estudada ao longo dos anos, pois envolve o conhecimento do cirurgião dentista frente aos problemas psico sociais que possam interferir no processo de colaboração do paciente à assistência odontológica
    renata e la na faculdade agente atende pacientes especiais ?
    Caroline pereira 6° B

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